FarOFFa no Sofá exibe cerca de 130 espetáculos online ao longo de seis dias

Julho 31, 2020

FarOFFa no Sofá é uma mostra que reúne, em seis dias (entre 11 e 16 de agosto), cerca de 130 obras, além de nove palestras, tudo no contexto virtual. As apresentações são majoritariamente de obras não apresentadas no formato digital ainda; as transmissões serão pelo site faroffa.com.br.

Apesar de gratuita, a mostra sugere o sistema "pague quanto puder". A quantia arrecadada será doada às instituições Arte Salva (PR), Haja Amor – A Revolução (RJ), Pela Vida de Nossas Mães (RJ), Instituição Beneficente Conceição Macedo (BA), Casa Aurora (BA), Fundo Marlene Cole (SP), É Da Nossa Cor (SC) e N'Zinga – Coletivo de Mulheres Negras (MG), que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade.

A programação de teatro inclui os seguintes espetáculos: "Amadores", da Companhia Hiato (2016), "Azirilhante", de Flavia Melman (2013), "Cucaracha" (2012), da Cia Teatro Independente, "Guanabara Canibal" (2018), da Aquela Cia, "Guerrilheiras ou para a terra não há desaparecidos" (2015), de Gabriela Carneiro da Cunha, "Macquinária 21" (2016) e "Play it Again" (2012), ambos do Grupo Oficcina Multimédia, "Navalha na Carne" (2015), "Bacantes"(versão 2016) e "Hamlet" (1992) do Teatro Oficina, "Os Gigantes da Montanha" (2013), do Grupo Galpão, "Saudade em ras D'agua" (2005), do Dos à Deux, "Why the Horse" (2015), de Maria Alice Vergueiro, "A Cidade dos Rios Invisíveis" (2014), do Coletivo Estopô Balaio, "Julia" (2011), de Christiane Jatahy e "Palhaços" (2005), com Dagoberto Feliz e Danilo Grangheia. Vale citar que, além das obras brasileiras, Colômbia, Argentina e México estão representados, respectivamente, pelos espectáculos "Animal", de Gustavo Miranda; "El Ritmo", da Compañía Buenos Aires Escénica, de Matias Feldman; e "Lo Unico Que Necessita Una Gran Actriz, Es Una Obra Y Las Ganas De Triunfar", do Vaca35 Teatro em Grupo.

Além de teatro, a programação também terá dança, com as seguintes obras: "Protocolo Elefante" (2015), do Grupo Cena 11, "A Cozinha Performática" (2013), do Núcleo Marcos Moraes, "Obrigado por vir" e "Blue Requim", ambos de Key Zetta e Cia (2017), "Os Corvos" (2017), de Luis Arrieta e Luis Ferron, "TransObjeto" (2004), primeira obra de Wagner Schwartz, "Trança" (2016), de Thiago Granato e "Médelei – Eu Sou Brasileiro (etc)" e "Não Existo Nunca" de Cristian Duarte.

Algumas pautas importantes e recorrentes da atualidade encontram reverberação na programação do FarOFFa no Sofá: "O Encontro", de Aline Mohamad e Isaac Bernat (2018), "Navalha na Carne Negra" (2018), de José Fernando Peixoto de Azevedo, "Negra Palavra" (2019), do Coletivo Preto e Companhia de Teatro Íntimo, "Áfricas" (2007), primeiro espetáculo infanto-juvenil do Bando de Teatro Olodum, "Esperança na Revolta" (2018), da Confraria do Impossível, "Quando eu Morrer vou Contar a Deus" (2018), do Coletivo O Bonde, "Traga-me a Cabeça de Lima Barreto" (2018), da Cia dos Comuns, "Alguma Coisa a Ver Com Uma Missão" (2016), da Cia Os Crespos e a exibição da performance "Em Legítima Defesa", do coletivo homônimo, uma ação em que 56 artistas negros tomaram os corredores da plateia do Teatro Municipal de São Paulo em 2016.

O encontro com a diversidade também se dá por meio das exibições de "Manifesto Transpofágico" (2019), solo escrito e interpretado pela atriz Renata Carvalho; por "Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu" de Jo Cliford, com direção de Natalia Malo e interpretação de Renata Carvalho; por show da performer Marina Mathey, e por exibição do espetáculo "Segunda Queda" (2019) de Ave Terrena e Claudia Schapira. Já o coreógrafo e dançarino Edu O terá três trabalhos veiculados no FarOFFa: os espetáculos de dança "Kilecummmmmm" (2018) e "Se quiser, deixe sua lembrança!" (2016); e o infantil "Bonito" (2017).

Kombi

Um horário especial dentro da mostra (entre 12h e 17h, de terça a quinta-feira) marca uma intenção: a de ter na plateia virtual programadores e curadores internacionais.

Obras recentes e antigas se misturam numa amálgama de trajetória e furor. A Corpo Rastreado e a Périplo, com o olhar duplo de quem produz e também faz programações, resgatam espetáculos que o mercado pode ter deixado de perceber. Neste módulo estão espetáculos e um show, dentre os quais "A Marca Da Água" (2012), da Armazém Companhia de Teatro, "As Bacantes" (1996 - montagem de 2016), do Teatro Oficina, "Dinamarca" (2017), do Grupo Magiluth, "Grito" (2016), da Dos a Deux, "Há Dias que não Morro" (2019), da ultraVioleta_s, "Nós" (2016), do Grupo Galpão, "Shi-Zen, 7 Cuias" (2004), do Lume Teatro, "Quando Quebra Queima" (2019), da Coletiva Ocupação, "Manifesto Transpofágico" de Renata Carvalho e "Altamira 2042"de Gabriela Carneiro da Cunha.

Palestras Ecum – Encontro Mundial das Artes Cênicas

Criado em 1998, em Belo Horizonte, o Ecum (Encontro Mundial das Artes Cênicas) é reconhecido internacionalmente como um dos mais importantes fóruns de troca de conhecimento na área. Seu objetivo central foi trazer discussões sobre temas contemporâneos do fazer cênico.

As ações realizadas pelo Ecum sempre tiveram uma dimensão internacional, transdisciplinar e transcultural, e seus temas, transversais, abordavam questões como "Oriente/Ocidente", "O Teatro em Tempos de Guerra", "Diálogos com o Futuro" e "Teatros da Radicalidade", assuntos que geraram novos diálogos - e projeções - sobre o fazer artístico e teatral.

Para o FarOFFa no Sofá, serão disponibilizadas as gravações de mesas de debates que tiveram participação de Antonio Nóbrega, Eugênio Barba (Itália) e José Celso Martinez Corrêa, em 1998; Yoshito Ohno (Japão) em 2000; Lydia Hortélio e Sue Morrisson (Canadá) em 2004; Adama Traoré (Mali) em 2006; e Bèatrice Picon-Valin (França) e Viliam Docolomansky (República Checa) em 2008. Até agora, as gravações nunca tinham sido exibidas publicamente.

Serviço
FarOFFa no Sofá
Data: de 11 e 16 de agosto de 2020
Onde: www.faroffa.com.br
Quanto: pague quanto quiser.