Cia Antropofágica promove segunda série do ano dos Diálogos Antropofágicos

Abril 11, 2018

Nos dias 11, 18 e 27 de abril, a Antropofágica promove mais uma série de Diálogos Antropofágicos em sua sede, o Espaço Pyndorama, localizado em Perdizes, e convida artistas, pesquisadores, estudantes, articuladores culturais e público interessado para participar e debater temas importantes do fazer teatral e sobre questões sociais da sociedade contemporânea.

Os convidados desta série de encontros serão Willy Corrêa de Oliveira, que trabalha com música e política há 60 anos e comentará o tema: "Arte e Marxismo", no dia 11 de abril.

No dia 18 de abril, o tema é "Modernidade, Capitalismo, Consumo: Excessos" e a convidada será Isleide Arruda Fontenelle.

O último diálogo dá série acontecerá no dia 27 de abril, com o tema "Histórias de Vida e Agroecologia" que será tratado pela convidada Virgínia Knabben.

A primeira série de Diálogos Antropofágicos aconteceu em março. Fernanda Azevedo e Rodolfo García Vázquez participaram comentando sobre a produção teatral, processos criativos de companhias como Kiwi Companhia de Teatro, Cia Os Satyros e da própria Antropofágica. Aconteceram também encontros com Soraia de Fátima Ramos e Terezinha Ferrari, que abordaram temas como Biodiversidade, Sistemas Agrícolas de Produção Alimentar, Desenvolvimento e Planejamento Urbano e Cultural.

As temáticas dos Diálogos Antropofágicos foram escolhidos de acordo com o novo projeto da Antropofágica, [D.E.T.O.X] - Devising Experimental da Toxicologia do Objeto X, projeto que parte da necessidade da Companhia em aprofundar as pesquisas sobre questões eco-ambientais contemporâneas, a fim de operar a ponte entre um pensamento desenvolvido no início do século XX e os processos de devastação do planeta atualmente em curso.

Uma proposta de pesquisa sintetizada no conceito de Modernidade Tóxica: uma ampla toxicologia dos muitos projetos modernos que coabitam no país, abrangendo desde questões do manejo ecológico do solo como oposição aos agrotóxicos industriais até a dimensão metafórica do conceito de tóxico presente na arte, na literatura, no teatro e em manifestações diversas da indústria cultural.

Estas são ações do projeto [D.E.T.O.X] - Devising Experimental da Toxicologia do Objeto X, contemplado na 31ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, que contará com atividades ao longo de todo ano de 2018.

O projeto começou com a estreia de um novo espetáculo chamado OPUS XV que celebra os 15 anos da Antropofágica e que segue em temporada até o dia 22 de abril, com ingressos gratuitos no Espaço Pyndorama.

Para a criação de OPUS XV, o grupo buscou compreender o que de universal havia em seu repertório, em uma espécie de peça-manifesto da ética e da poética desenvolvidas ao longo de seus quinze anos. O espetáculo é uma espécie de viagem poética no tempo. Uma viagem pela trajetória de 15 anos de trabalho coletivo, com todos os desafios, percalços e contextos históricos inerentes a esse período.

Se programe para acompanhar as ações do projeto [D.E.T.O.X] da Companhia Antropofágica. Mais detalhes em: www.facebook.com/CiaAntropofagica ou www.antropofagica.com/

Diálogos Antropofágicos

Quando: 11 de abril de 2018 - Tema: Arte e Marxismo - Convidado: Willy Corrêa de Oliveira.

Trabalha com música e política há 60 anos. Não falemos de formação e notoriedades, pois ambas estão comprometidas com um mundo que recusamos: capitalismo.

Diálogo: Discussão sobre arte e marxismo. Uma experiência de aprofundamento sobre as relações entre música e política.

Quando: 18 de abril de 2018 – Tema: Modernidade, Capitalismo, Consumo: Excessos – Convidada: Isleide Arruda Fontenelle.

Psicóloga, com mestrado e doutorado em Sociologia pela USP. Professora titular da Fundação Getúlio Vargas-SP. Autora dos livros "O nome da marca: McDonald´s, fetichismo e cultura descartável" (Boitempo, 2002); Pós-modernidade: trabalho e consumo (Cengage, 2008); Cultura do consumo: fundamentos e formas contemporâneas (FGV, 2017).

Diálogo: Através do consumo, pensaremos as relações entre modernidade e capitalismo que começaram a se constituir, em especial, a partir do século XIX e que formataram a cultura contemporânea como uma cultura do consumo. Com base em uma teoria do capitalismo e uma teoria das paixões, discutiremos como essa cultura se constitui a partir do imperativo do excesso - de produção e de gozo – e como isso instaura a descartabilidade na sua lógica de funcionamento.

Quando: 27 de abril de 2018 – Tema: Histórias de Vida e Agroecologia – Convidada: Virgínia Knabben. Geógrafa e professora. Em 2016, publicou a biografia da engenheira agrônoma Ana Maroa Primavesi, hoje com 97 anos. Contou com golpes de "sorte" incríveis nessa trajetória, ou seria a mão do destino?

Diálogo: Virgínia comentará sobre a experiência e aprofundamento do relato sobre a vida dessa mulher que, segundo ela, é o "Gandhi da agricultura". Conhecer a vida e a obra de Ana Maria Primavesi transcendem o ter ciência de uma história de vida. Sua trajetória é uma lição de conduta, de princípios, de amor à natureza.

Temporada do Espetáculo OPUS XV

OPUS XV - Máquina de Memória dos quinze anos da Companhia Antropofágica, que desafia a história do grupo na busca por responder aos mecanismos históricos que determinam a própria possibilidade de qualquer existência coletiva. Uma engrenagem teatral projetada para expor suas próprias entranhas, desafiando o individualismo crescente. Como forma de resistência à realidade degradada, a peça crava uma fresta de liberdade entre as determinações objetivas do passado social e as escolhas subjetivas do indivíduo, transformando o espaço do palco em uma plataforma onírica em meio às tensões históricas do tempo presente.

Temporada: 02 de Março a 22 de Abril de 2018 – Sextas e Sábados as 21h e Domingos as 19h

Preço: Gratuito - Classificação Indicativa: 18 anos

Local: Espaço Pyndorama - Endereço: Rua Turiassú, 481 – Fundos – São Paulo - SP

Informações: 11 38710373 / contato@antropofagica.com

Site: www.antropofagica.com