Janeiro 15, 2020
A Casa de Dona Yayá, tombada como patrimônio histórico de São Paulo, guarda a memória de sua ilustre moradora, Sebastiana de Mello Freire, que faria aniversário no dia 21 de janeiro, e do bairro da Bela Vista. Sede do Centro de Preservação Cultural da Universidade de São Paulo desde 2004, a Casa de Dona Yayá é um dos últimos remanescentes do antigo cinturão de chácaras que circundava a região central da cidade, e hoje constitui um documento material da transformação da cidade de São Paulo em metrópole.
Mas assumiu importância histórica ainda maior por ter sido local de clausura de sua proprietária mais famosa, Dona Yayá, que pertencia a uma das famílias abastadas que constituíam a burguesia paulistana no final dos anos 1800. Tendo perdido ainda garota as irmãs mais novas e o pais, e mais tarde o único irmão, Dona Yayá tornou-se única herdeira de considerável fortuna, vivendo em companhia de parentes afastados e agregados. Aos 30 anos começou a manifestar indicativos de desequilíbrio mental, e foi judicialmente interdidata. Após ficar internada por um ano em uma instituição para cuidados psiquiátricos, veio morar nessa casa sob acompanhamento médico, onde permaneceu na condição de isolamento até 1961, quando faleceu.
Como Dona Yayá tivesse herdeiros legais, sem ter se casado nem tido filhos, o imóvel foi transferido à USP em 1969 como herança vacante. Com base nessa rica história material e imaterial, a Casa foi tombada pelo Estado de São Paulo, em 1998, e pelo Município, em 2002.
Atualmente o CPC recebe o público para atividades variadas relacionadas com a temática do patrimônio cultural, como oficinas, cursos, palestras, eventos acadêmicos, exposições, visitas monitoradas e apresentações artísticas. Essa atuação contribui para estreitar o relacionamento entre a universidade e a sociedade por meio da difusão do conhecimento e da extensão universitária.
Serviço
Programação CPC-USP - 19/01/2020
Visitação: Casa de Dona Yayá, das 10h às 15h – visitas mediadas às 12h e às 13h30
Itinerário urbano: São Paulo de Dona Yayá, das 10h às 12h30
Participação gratuita, inscrições no local.