25ª
Bienal de São Paulo terá duas torres de 30m de altura como cartão de
entrada do pavilhão A
25ª Bienal de São Paulo, que será aberta ao público dia 23 de março,
terá face própria. Logo na entrada da Bienal, em uma das extremidades dos
250m do Pavilhão Ciccillo Matarazzo (portão 3, parque do Ibirapuera), serão
erguidas duas torres de 30m de altura que poderão ser vistas em um raio de
até 1,5km de distância. A idéia, do arquiteto Mário Biselli, é
homenagear a São Paulo dos prédios laminados e a verticalidade das metrópoles.
Convidado por Carlos Bratke, presidente da Fundação Bienal, Biselli também
é o responsável pela montagem, estruturação e distribuição das obras
de 190 artistas no espaço da mostra.
As duas torres
da 25ª Bienal ficarão a 6m de distância do prédio sede da mostra, de
maneira a não interferir no projeto do pavilhão, assinado por Oscar
Niemayer. "Trata-se de uma estrutura vertical que dialoga com a forte
horizontalidade do pavilhão. A interferência é muito pequena diante das
dimensões da sede da Fundação", afirma Biselli. As torres permanecem
em frente ao pavilhão do parque do Ibirapuera enquanto a 25ª Bienal
estiver em cartaz, ou seja, de 23 de março a 02 de junho de 2002. Montagem
– O arquiteto Mário Biselli e sua equipe têm a função de distribuir os
espaços de 190 artistas pelos 35 mil m² dos três pavimentos do pavilhão.
O trabalho tem os objetivos de equilibrar os critérios da curadoria com as
especificações das obras dos artistas, buscando facilitar a leitura da
exposição pelo público que circulará pelo pavilhão. Os
cinco segmentos da 25ª Bienal - "11 Metrópoles",
"Representações Nacionais", "Núcleo Brasileiro",
"Salas Especiais" e "Net-Art" – não estarão
divididos rigorosamente na exposição. As obras estarão distribuídas pelo
prédio, o que quer dizer que trabalhos da "12ª Cidade" (parte da
exposição 11 Metrópoles) poderão aparecer tanto no primeiro como no
terceiro piso do pavilhão. A
variação de linguagens e de suportes da arte contemporânea dificulta o
trabalho de montagem de uma bienal. Pinturas em grandes proporções,
esculturas, telas, instalações, vídeo-instalações, fotografias,
performances, entre outros, dialogam inevitavelmente com o espaço
expositivo. "Fomos
muito neutros quanto ao pavilhão, evitando espaços fechados e paredes até
o teto. Tudo isso para fortalecer e facilitar a leitura do pavilhão.
Buscamos na montagem uma arquitetura que não interfira na arte, fornecendo
suporte para os artistas e agindo com extrema neutralidade", diz
Biselli. 25ª
Bienal – Com o tema "Iconografias Metropolitanas", a 25ª
Bienal de São Paulo acontece entre 23 de março e 2 de junho. A atual edição
da mostra tem curadoria do alemão Alfons Hug e terá participação de um
total de 70 países. A curadoria da representação brasileira é de Agnaldo
Farias. Entre
os cinco segmentos da mostra, a exposição "11 Metrópoles" reúne
a produção artística mundial tendo como ponto de partida 11 metrópoles:
São Paulo, Caracas, Nova York, Joanesburgo, Istambul,
Pequim, Tóquio, Sydney, Londres, Berlim e Moscou. Cada metrópole será
representada por cinco artistas da respectiva localidade. A 12ª cidade,
chamada de "Cidade Utópica", traz idealizações de artistas
selecionados pelo curador, formando "o desenho de uma utopia",
segundo Hug. O
segmento "Representações Nacionais" apresenta obras de artistas
convidados de 70 países, sendo um artista por nacionalidade. Hug procurou
reforçar participação de países africanos e asiáticos que, geralmente,
têm pouco espaço em grandes mostras de arte contemporânea para apresentar
a qualidade de seus artistas. Como parte do Núcleo Brasileiro, o curador Agnaldo Farias selecionou cerca de 30 artistas de diversos Estados para representar a produção nacional. Segundo ele, trata-se de "um mapeamento de um universo tão complexo quanto fascinante; a antiga pólis explodida e juntada em versões surpreendentes". Completam a exposição os segmentos de Net-Art e as Salas Especiais, estas reservadas a artistas contemporâneos consagrados. Mário Biselli – Natural de São Paulo (1961), é graduado e mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Mackenzie, onde desde 1999 trabalha como professor. Desde 1992 é professor titular do Departamento de Projeto da Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Com significativa atividade profissional, desde 1986 trabalha em associação com o arquiteto Artur Forte
Katchborian. Tem sido premiado em diversas ocasiões por seus projetos para edifícios públicos e privados, como a Biblioteca e CDI da Fundação Liceu Pasteur – em associação com Francisco
Spadoni, e o da sede de Escritórios de Advocacia, em Curitiba. Tem representado o Brasil em diversos congressos internacionais e atualmente é responsável pelos projetos do Paço Municipal e do Ginásio Municipal de Barueri. 25ª
Bienal
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