Maria Helena Petrillo Berardi conta, nova edição, história e memórias de Santo Amaro
Janeiro 16, 2007

Recordar histórias, conhecer personagens notáveis, se divertir com os causos contados por seus avós de maneira tão simples quanto engraçada. É disso que se trata o livro “Santo Amaro, memória e história – da botina amarela ao chapéu de couro”, da escritora e historiadora Maria Helena Petrillo Berardi. 

O bairro de Santo Amaro completou recentemente 455 anos, dois a mais do que a cidade de São Paulo, e não é à toa que tenha tanta história para contar, afinal, todo santamarense gosta de eventos que lembram os tempos das procissões, quermesses, romarias até Pirapora e, claro, o bonde que trazia tanta gente para passar o dia na represa da região. 

Já nos primeiros capítulos o leitor vai se deparar com um relato histórico, com informações sobre o início da cidade de São Paulo, mas a partir do século XIX a história começa a tomar rumos diferentes. Chegam à região imigrantes alemães e o bairro passa a desenvolver sua vocação turística.

O bonde, até então o meio de transporte mais utilizado por àqueles que queriam se locomover do bairro ao centro, teve papel fundamental nessa transição histórica. Foi através dele que muitas pessoas passam a visitar a região para passar os finais de semana na represa e participar das festas do Divino.

Então a zona rural se transformou. A região que antes era habitada por homens de botinas amarelas teve seus aspectos demográficos alterados. Os sítios antigos foram divididos em loteamentos e os nordestinos chegaram à região. Agora era o chapéu de couro que reinava no local.

Naquela época, quando ainda não existia televisão, era nas calçadas que as pessoas passavam o tempo. Após o jantar, cadeiras eram levadas para a rua e os vizinhos tomavam a tradicional fresca e colocavam as conversas em dia.

Mas com o tempo os tipos populares foram desaparecendo, o cinema incendiou e a televisão foi criada. Onde andaria o Big? O Toninho engraxate? O João peru? O jornaleiro Lopes?
Foi para essas pessoas que fizeram parte da história do bairro que esse livro foi escrito, para que não fossem esquecidas.

Sobre a autora 

Maria Helena Petrillo Berardi é formada em historiografia pela PUC-SP, se dedicou ao ensino público e trabalhou em diversas escolas de São Paulo. Já deu aulas em cursinhos e cursos de turismo, e sua competência e bom humor, aliados a seu vasto conhecimento de cultural geral, fazem dela uma palestrante muito solicitada. “É uma autora já bem conhecida pelos que gostam de lembrar do nosso passado pitoresco”, escreveu Roberto Pavanelli no prefácio do livro.

Pesquisadora curiosa e atenta aos detalhes que fogem da história tradicional, seu amor pelas tradições a fizeram reunir esse feixe de memória que compõe uma narrativa primorosa.

Observação: Esse livro não é encontrado em livrarias. Para adquiri-lo ligue (11) 5521-0906. R$ 30,00 (335 páginas).

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