Ato Criativo da PUCRS tem Vitor Ramil e seus 40 anos de música nos anos 1990

Novembro 16, 2020

No dia 17 de novembro, às 21h, a PUCRS Cultura realiza a segunda live da série de conversas com o cantor e compositor Vitor Ramil que revisitam os seus 40 anos dedicados à música. O evento iria ocorrer no dia 27 de outubro. Esse segundo encontro tem como assunto os discos e criações do artista nos anos 1990. A conversa é transmitida através do perfil PUCRS Cultura no Facebook e do Canal da PUCRS no YouTube e conta com a mediação do diretor do Instituto de Cultura, professor Ricardo Barberena.

Os anos 1990 e Ramilonga

No início dessa década, Vitor Ramil deixou o Rio de Janeiro e voltou a viver em Pelotas. Depois disso, em 1995, o artista interrompeu um período de oito anos sem gravar, lançando o disco À beça. O disco possui 14 composições, algumas já vinham sendo apresentadas em shows antes do lançamento. O álbum é o seu primeiro lançado no formato CD e apresenta canções, como Foi no mês que vem e a canção que dá nome ao disco, que remete à Com que roupa de Noel Rosa. À beça foi o primeiro trabalho de Ramil lançado de forma independente, pelo selo Capacete, que pertencia a uma revista gaúcha de música, e teve distribuição limitada. A revista teve curta duração, o que acabou transformando o CD em raridade.

Já Ramilonga – A estética do frio é um disco divisor de águas na carreira do artista que, pela primeira vez, reuniu elementos associados à música regional rio-grandense a elementos musicais contemporâneos, buscando referências locais e de países vizinhos como Uruguai e Argentina. Lançado em 1997, o disco foi gravado no Rio de Janeiro, com os músicos Nico Assumpção, André Gomes e Alexandre Fonseca. Para o lançamento, Vitor criou o selo Satolep, que distribuiu o disco com a Kuarup, gravadora independente sediada no Rio de Janeiro. É neste disco que Vitor grava três poemas do poeta rio-grandense João da Cunha Vargas: Gaudério, Último pedido e Deixando o pago. Há também uma parceria com o poeta gauchesco Juca Ruivo em Memória dos bardos das ramadas e remissões a um conto do escritor pelotense João Simões Lopes Neto, na música No Manantial. Além disso, o disco conta com um poema musicado de Fernando Pessoa, Noite de São João, e um poema do folclore uruguaio, cantado em espanhol, na canção Milonga.

Em 1998, Ramil iniciou o projeto para relançamento de seu segundo disco, A paixão de V segundo ele próprio, em CD. O trabalho foi relançado no ano seguinte. Em setembro de 1999, fez um show de voz e violão em Porto Alegre intitulado Borges da Cunha Vargas Ramil. O show não estava ligado a nenhum de seus discos e era composto somente por poemas de Jorge Luis Borges e João da Cunha Vargas.


Crédito: Rodrigo Lopes

Sobre o mediador

Ricardo Barberena nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui Graduação (2000), Doutorado (2005) e Pós-Doutorado (2009) na área de Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Coordenador Executivo do DELFOS/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade e é membro do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).

As próximas lives e os próximos anos

Nas próximas lives com o cantor, as conversas serão em torno de suas criações e discos dos anos 2000 e 2010, e ocorrem respectivamente nos dias 17 de novembro e 8 de dezembro.

Serviço
Ato Criativo com Vitor Ramil: 40 anos de música – anos 1990
Data: 17 de novembro
Horário: às 21h
Local: Canal da PUCRS no YouTube e PUCRS Cultura no Facebook.