Ata de Reunião

Aos dezoito dias do mês de setembro do ano de dois mil e um, foi realizada no Colégio Arquidiocesano, reunião plenária sobre Lei dos Corredores de Uso Especial.  Comparecendo representantes das seguintes Entidades: DASLÚ, Associação Moradores V. N. Conceição, SOJAL, SAPP, SAM, SEMPLA, AR/VM, e moradores da região. 
O representante da SAPP questiona se no trecho onde haverá um condomínio horizontal será implantado o corredor, informa que noventa por cento da área é uso residencial e o restante possui instalações de comercio irregular; também informa que o trecho da Av. Ceci, entre Rubem Berta e Al. dos Tupinás é Z-18, sendo o restante Z-1; a pressão é das bordas, Av. José Maria Whitaker e Av. Indianópolis - Jabaquara onde setenta e cinco por cento da população é de idosos; alerta sobre a UNIP, cuja interferência (trânsito, atividades que atrai ...) adentra o Planalto Paulista.  
A SAPP faz pressão pela manutenção da Z-1.  Representante da Associação de Moradores de Vila Nova Conceição, Sr. Travassos, informa que a rua Antonio Joaquim de Moura Andrade, proposta pela SEMPLA, para mudança, será classificada com Z-8 CRI II, com circulação de um milhão de veículos.  Entretanto, é na rua João Lourenço, com trânsito de quatrocentos veículos por hora em Z-8 CR3, onde existem restaurante como o Gino e Botânica (fechado), Irregulares e com procedimentos administrativos e/ou judiciais de fechamento, que se propõe  a mudança mais significativa, chama a atenção para o funcionamento da DASLÚ, que chamou de "Shopping Center", e possui até charutaria e com estacionamento para dois mil e quinhentos veículos na rua Filadelfo Azevedo, vende roupa de cama, mesa e banho, jóias, lingeries, roupas masculina, etc.  
A SAPP, na pessoa da Sra. Maria Christina, informa haver obra da SERASA, na av. Indianópolis (lateral da rua Quimimuras x Itacira), prédio com estacionamento previsto para novecentas pessoas; a entrada principal da obra é na av. Indianópolis; questiona se houve autorização para corte de árvores; pediu vistas ao processo na SEMPLA (é serviço); mostra-se preocupada com o impacto de tal empreendimento no bairro.  A Sra. Beatriz, da Soc. Defenda Mirandópolis, informa que na av. José Maria Whitaker / av. Domingos Oswaldo Bataglia, possui muito trânsito, cita local da "Arrozina", proposta por SEMPLA para mudanças.  
Sr. Antônio Carlos da DASLÚ, informa que a empresa também age em prol do interesse público, inclusive porque oferece emprego; a classe média alta reclama da segurança, mas não de emprego, elogia a proposta da SEMPLA que permite que recursos arrecadados no bairro, seja aplicados no bairro.  Empresários tiveram que improvisar o porque o zoneamento engessou a cidade, questionando a falta de um Plano Diretor.  
A DASLÚ emprega seiscentos e vinte pessoas  e cria um mil e trezentos empregos indiretos, com vinte entidades beneficentes.  A Sra. Neide espera não repetir experiências negativas, com destino dado aos corredores que hoje se tornaram elefantes brancos (referindo-se a av. Brasil e av. Rebouças).  Sr. César Angelucci diz que a cidade não tem condições de se adensar, cita o exemplo do Shopping Santa Cruz .  
Secretário Jorge Wilheim lastima, mas diz que a cidade precisa mudar.  Faz uma reflexão sobre a cidade desejável como aquela onde se trabalha perto de onde se mora e onde se compra perto o que se consome, diz ainda, que a proposta de Plano Diretor muda Z-2 em Z-1 (baixa densidade, muito verde, baixo tráfego); para lote pequeno, rua pequena, sem trânsito e cujos moradores possam ser de baixa renda; Z-1 não deve ser exclusiva  de classe de renda alta; é muito importante que as zonas sejam mistas, morar perto do trabalho, evitar viagens; investir dez anos para construir dez quilômetros por ano de metro; São Paulo precisa se habituar as zonas mistas; o corredor pode ser a solução; é preciso se independer do automóvel.  Haverá mais gente por causa da linha do metrô?  Nem tanto; ha previsão de pouco crescimento populacional, o que cresce é o adensamento das periferias a partir dos cortiços. 
Assim foi dada por encerrada a reunião, onde nada mais foi dito ou registrado e eu, Deise Tomoco Oda, Supervisora de Uso e Ocupação do Solo, da A R V M, assino a presente ata e deixo anexo à mesma  a listagem de presença.

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