Televisão
por Elmo Francfort Ankerkrone
Outubro 12, 2001
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Um 'Sítio' de muitas histórias

Histórias ou estórias? Realidade ou imaginação? Por vezes falamos isto tudo quando nos referimos ao "Sítio do Picapau Amarelo", obra do escritor Monteiro Lobato. O Sítio faz com que mergulhemos em seu universo e quando reparamos já estamos dentro de suas histórias, brincando com seus personagens...Isto porque as histórias do Sítio lembram as histórias de nossas brincadeiras quando crianças. Brincadeiras antigas, mas persistentes. Não há um brinquedo eletrônico que possa substituí-las. Este pode até tirar o tempo disponível delas para ele, mas nunca as substituem. Vamos brincar com o pessoal do Sítio? E com o "pozinho de pirilimpimpim" nos transportemos para as diversas versões do "Sítio do Picapau Amarelo" na TV!

Um pouco de literatura

Falemos um pouco sobre o autor Monteiro Lobato e sua obra "Sítio do Picapau Amarelo" (levando-se em conta todas as histórias que compuseram a série, já que nem todas fazem parte de um mesmo livro).

Lobato nasceu em 18 de abril de 1882 em Taubaté, na Fazenda do Buquira - propriedade de seu avô Visconde de Tremembé. José Renato era seu nome, mas prefere mudar para José Bento em 1893. Uma das causas é por ter herdado de seu pai uma linda bengala, cuja inscrição em dourado no seu cabo estava as iniciais "JB", aderindo assim o segundo nome do pai.

Em 1914 começa a escrever, lançando primeiramente a obra adulta "Urupês", mas só em 1921 surge seu primeiro conto infantil: "Narizinho Arrebitado", onde aparece pela primeira vez personagens do "Sítio". Como já diz o nome do livro, a personagem principal era Narizinho ( Lúcia, neta de Dona Benta). Ele anuncia na imprensa e distribui de graças nas escolas 500 exemplares do livro. Nascia a partir dali aquele que seria considerado o "pai da literatura infantil brasileira".

Nesse meio tempo surgem suas obras infantis "O Saci" (1921), "Fábulas" (1922), "Hans Staden" (1927) e "Peter Pan" (1930) ... Seu livros infantis e as traduções de grandes clássicos garantem seu sustento.

Ao voltar de uma viagem aos Estados Unidos, em 1931 escreve além de um conto, um prolongamento das histórias de Lúcia. Assim surge "Reinações de Narizinho". No mesmo ano ele funda a Companhia de Petróleo do Brasil e começa a bater de frente com o governo getulista, que não acreditava em seus ideais e não aceitava seus livros de fundo crítico. O sucesso de "Reinações de Narizinho" é imenso.

E daí pra frente o universo da literatura infantil lobatiana vem ganhando força... Surgindo "Viagem ao Céu" (1932), "História do Mundo para Crianças" (1933), "As Caçadas de Pedrinho" (1933), "Emília no País da Gramática" (1934), "Aritmética da Emília" (1935), "Geografia de Dona Benta" (1935), "Histórias das Invenções" (1935), "Don Quixote das Crianças" (1936), "Memórias de Emília" (1936), "O Poço do Visconde" (1937), "Serões de Dona Benta" (1937), "Histórias de Tia Nastácia" (1937), "O Picapau Amarelo" (1939), "O Minotauro" (1939), "A Reforma da Natureza" (1941), "A Chave do Tamanho" (1942) e "Os 12 Trabalhos de Hércules" (1944).

O nome do Sítio de Dona Benta era "Picapau Amarelo", com as palavras "Pica" e "pau" unidas, como na grafia antiga.

Depois disso, em 1946 ele se muda para Argentina, frustrado com a política brasileira e com a criação do Museu de Arte de São Paulo (MASP), fundado por Assis Chateaubriand na Rua 7 de Abril, 230 - sede dos Diários e Emissoras Associados. Neste ano ainda ele reúne todas suas obras e as publica pela "Editora Brasiliense", que havia criado anos antes - sua segunda criação em termos de editora, já que a primeira que fundou foi a "Companhia Editora Nacional". Um ano depois volta ao Brasil e aos poucos começam a se manifestar problemas físicos. Em abril de 1948 surge o primeiro espasmo cerebral vascular e Lobato não consegue se mover mais como normalmente. Em 5 de julho morre o escritor, que deixa milhares leitores e personagens órfãos, uma Editora (a Brasiliense, a primeira acaba falindo) e um legado para os demais escritores infanto-juvenis.

A luta pela exploração do Petróleo, que chegou a levá-lo à cadeia, foi compensada... Quando encontraram o primeiro poço petrolífero do Brasil, na Bahia, o batizaram de "Lobato". Infelizmente hoje este poço está em completo abandono, no meio do mato e em ruínas. E sobre seus livros, seus herdeiros e a Editora Brasiliense, da qual foi criador, vivem em constante luta pelos direitos autorais de Lobato.

Dos livros para as telas

Três anos após a morte de Lobato, o espírito de suas obras provaram que não iriam morrer também. No ano anterior nascia o meio televisivo com a PRF-3 TV Tupy-Difusora, canal 3 de São Paulo. A emissora então contrata em 1951 o casal Júlio Gouveia e Tatiana Belinky para organizar o seriado "O Sítio do Picapau Amarelo".

No ano de 1951, além deste interesse pelo "Sítio" na televisão, o diretor Rodolfo Nanni dirige "O Saci", um importante passo para o cinema infantil brasileiro. Sob as músicas de Cláudio Santoro, crianças faziam os papéis principais da trama. A boneca Emília era do tamanho correto do livro: menor do que sua dona Narizinho. É famosa a cena dessa pequena atriz pendurada no varal, secando após ter caído no riacho... Boneca é de pano, não é? Talvez a versão atual do "Sítio" muito se espelhe no filme, pela aproximação nas características de seus personagens... e idades!

Voltando a falar da versão da Tupi, ela foi considerada o primeiro seriado nacional. E o cuidado com o texto foi muito importante. A russa Tatiana Belinky como crítica literária fez questão de adaptar as obras de Monteiro Lobato cautelosamente, atenta aos detalhes. Sabendo da influência que exercia nas crianças, Júlio Gouveia dirigiu a história com seus conhecimentos de psicologia e psiquiatria, que seria aplicado às crianças. A TV Tupi confiava mais ainda nos dois, após saber de sua amizade com o escritor Monteiro Lobato, que chegou a parabenizá-los por suas obras e adaptações literárias na década anterior.

E com todo este preparo, o "Sítio do Picapau Amarelo" tornou-se um líder em audiência na Tupi, ficando no ar de 1951 a 1964, produzindo mais de 360 capítulos. "Fábulas Animadas" foi o primeiro programa do casal na televisão, que serviu de trampolim para o sucesso do "Sítio". E neste período de existência do "Sítio do Picapau Amarelo" na Tupi, o casal chegou a ter quatro programas de teleteatro infanto-juvenil no ar, adaptando desde contos brasileiros até alemães. Foram mais de 1.500 textos para a televisão.

Nesta adaptação tiveram Lúcia Lambertini como a primeira Emília. Lambertini tinha cara de Emília, cabelo de pano preto como a boneca e até as costuras da mesma. David José foi o primeiro Pedrinho e Edi Cerri a primeira Narizinho. Um dos primeiros a fazer o Visconde de Sabugosa foi o hoje diretor e ator Daniel Filho, que na época era um principiante.

A minha colega Nereide Schilaro Santa Rosa (que escreve as "Memórias de Dona Guiomar") e escritora dos livros "Monteiro Lobato - Coleção Crianças Famosas" e "Monteiro Lobato - Coleção Biografias Brasileiras" (ambos da Callis Editora) fala que:

"A primeira versão televisiva na TV Tupi cativava a quem assistisse. Adultos e crianças. Evidentemente que, considerando os escassos recursos que a televisão dispunha e a restrita programação a que nós, telespectadores, tínhamos acesso, o primeiro Sítio do Picapau Amarelo foi, e será sempre, um clássico da televisão. A direção e os atores estavam empenhados em representar fielmente o pensamento e a obra de Lobato. Tatiana Belinky e Julio Gouveia, mais Lúcia Lambertini, nossa eterna Emilia, complementavam nossa imaginação enquanto nos deliciávamos com a leitura dos livros lobatianos. Nesse tempo gerações inteiras descobriram o verdadeiro Lobato: seu modo de pensar sobre a vida, seus desafios, sua inteligência, sua crítica e sua brasilidade."

É neste comentário da Nereide que podemos ver o espírito de Lobato ali presente. O escritor tinha alguns dos ideais bem expostos em suas obras: a brasilidade, o modo inteligente de ver e compreender as crianças, assim como acreditar naquilo que elas pensam e fazem.

O "Sítio" depois de acabar na Tupi, chegou a ter mais um versão no cinema e no ano de 1964 retornou à televisão, através da TV Cultura - que contratou Lúcia Lambertini para refazer Emília. Mas não durou muito. Em 1967 a TV Bandeirantes nascia e um dos seus planos era conseguir sucesso com a volta do "Sítio do Picapau Amarelo" que durou até 1969, com Zódia Pereira no papel de Emília.

Um Sítio global

No início dos anos 70 a Globo e a TVE (TV Educativa) do Rio de Janeiro fizeram em parceria o seriado "Pluft, o Fantasminha" - com Dirce Migliaccio no papel de Pluft -, obra de Maria Clara Machado. E em São Paulo a Globo também fez uma co-produção com a TV Cultura, ao fazer "Vila Sésamo". Ambas séries fizeram grande sucesso com as crianças. Porém, a parceria com a TV Cultura não dava tão certo como a com a TVE, já que a Globo pretendia centralizar toda sua produção no Rio de Janeiro.

Assim, após o fim de "Pluft, o Fantasminha" a Globo queria continuar mantendo mais de um sucesso no ar. Surgiu então em 1973 a idéia de fazer uma nova adaptação do "Sítio do Picapau Amarelo". E os cuidados com a trama foram maiores do que os das versões anteriores, chegando a construir um sítio na Barra de Guaratiba, no Rio de Janeiro. Uma grande equipe de educadores e psicólogos foi montada para ajudar a fazer esta versão.

A TVE e a Globo então lançam um programa-piloto em 7 de março de 1973, com base no livro "Don Quixote", de Monteiro Lobato. Testam a audiência e dá certo a produção... Ali, pela primeira vez, aparece uma Emília diferente... A ex-"Pluft" Dirce Migliaccio torna-se uma boneca com uma roupa feito de diferentes retalhos e um cabelo totalmente colorido, fugindo completamente da concepção da Emília lobatiana. Há duas explicações para o fato: uma é por causa da época, que se abusava das cores e texturas diferentes da moda, vinda de um visual da Jovem Guarda. Outro é o fato de o "Sítio do Picapau Amarelo" ter sido um dos primeiros programas coloridos de nossa televisão, já que a cor estreou no Brasil um ano antes. Esta moderna Emília era quase que servia de ajustes das cores em nossa TV (será que exagerei?) ...

Depois de conseguir o sucesso com o piloto, eles preparam tudo para que em 1976 começasse a ser feita uma grande produção para a volta do "Sítio". E o mesmo estreou novamente em 7 de março, agora do ano de 1977. Ia ao ar de segunda à sexta e em dois horários (17h25 e reprisados às 21h). Foram quase 10 anos no ar, com 1436 capítulos sendo feitos e um prêmio da UNESCO como melhor programa infantil do ano de 1979. Chegou a ser internacionalizada para diversos países dos 5 continentes. Deixou de ser produzida só em 31 de janeiro de 1986, quando o contrato da Globo com a família de Lobato terminou. "A Trilha das Araras" foi a última trama a ser feita nesta co-produção.

Geraldo Casé, que era diretor na TV Paulista, tornou-se diretor-geral do "Sítio". E entre os escritores da série estavam o escritor Marcos Rey e também o dramaturgo Benedito Ruy Barbosa, que anos depois faria sucesso com suas novelas regionalistas. O cuidado era muito grande mesmo... Tinham adaptadores do texto (Wilson Rocha e Paulo Afonso Grisolli), escritores do roteiro (Wilson Rocha, Marcos Rey, Benedito, Sylvan Paezzo e muito outros), direção-geral e até um supervisor do projeto (Edwaldo Pacote).

Esta série serviu para imortalizar os personagens do livro e até mesmo acabar por transformar alguns atores em eternos personagens do "Sítio". É difícil desvincular Zilka Salaberry de Dona Benta, André Valli do Visconde de Sabugosa, Rosana Garcia de Narizinho, Dirce Migliaccio e Reny de Oliveira de Emília, Jacyra Sampaio de Tia Nastácia, Samuel Santos de Tio Barnabé, Tonico Pereira de Zé Carneiro e Romeu Evaristo como Saci Pererê. Nem preciso mostrar fotos deles aqui, esses aposto que até os que não assistiram a série, mas viram algumas cenas no VideoShow acabaram gravando os mesmos em cada papel.

E para quem não sabe, o Nando de "Presença de Anita" (José Mayer) começou na televisão no "Sítio", fazendo a voz do Burro Falante.

Uma coisa surpreendente desta versão foi o revesamento de atores em boa parte dos papéis. O exemplo que podemos dar aqui é o de Emília, que começou com Dirce Migliaccio, que foi substituída por Reny de Oliveira (que saiu do "Sítio" após posar nua para Revista Playboy) e depois por Suzana Abranches. Além da Emília, tiveram 3 Pedrinhos, 4 Narizinhos, 3 Cucas, 2 Burros Falantes e 2 Elias Turco (do Arraial dos Tucanos). Alguns dos casos foram culpa das mudanças de idade e o "constante processo de metabolismo". A trama de Lobato é eterna, com ares de "Terra do Nunca", só que na televisão a coisa é bem diferente neste aspecto... Sobre este lado de manter viva a nossa infância, um outro comentário da escritora Nereide Schilaro Santa Rosa cabe a esta parte da coluna:

"Veio a versão global e, atualmente, estamos em vias de receber um novo sítio. Não me atrevo a comentar sobre a versão global, pois pouco a acompanhei na TV. Talvez por querer guardar na memória as imagens do velho sítio da Tupi, talvez por resistIr a versões mais liberais sobre a obra de quem já não pode se defender. Mas, como boa fã lobatiana, respeito, mas critico e polemizo... tal qual Lobato. Cabe a nós, seus fiéis leitores, preservar a chama de seu pensamento...e não pasteurizar suas idéias..."

Na década de 90 a TVE volta a passar esta versão do seriado. Lembro-me de assisti-lo bastante, quando meus irmãos trabalhavam na TV Litoral em São Vicente (atual TV Santa Cecília), afiliada à TVE. Eu e meu sobrinho mais velho nos divertimos bastante assistindo a reprise do "Sítio". Meus irmãos tinham a coleção completa de Lobato e foi nesse meio todo que acabei gostando das obras do escritor.

Sítio Cibernético

Em 2000 a Globo e a família de Lobato refazem o contrato dando direito a produção de um novo "Sítio do Picapau Amarelo" por mais 10 anos. Agora, sob a direção de Roberto Talma e dentro do Programa Bambuluá (com Angélica) a obra ganha uma nova versão, inicialmente de 15 minutos. A estréia está prevista para esta sexta-feira, dia 12 de outubro - dia das crianças, feriado nacional e de Nossa Senhora da Aparecida (é querer ter melhor audiência ou não?), a partir de 9h20 da manhã.

Que tal falarmos das críticas e dos elogios a nova adaptação?

Como crítica, podemos falar que as cores da roupa de Emília continuam as mesmas, a Dona Benta e a Tia Nastácia estão bem mais novas do que as que Lobato idealizou e que a televisão impôs até agora. Mas também não podemos pedir muito, já que as duas personagens são figurinhas carimbadas da trama anterior da Globo e que por muito tempo ainda ficará a cara de Zilka Salaberry e de Jacyra Sampaio para não aceitarmos Nicette Bruno e Ducilene de Moraes (o mesmo acontece com o Visconde, que continuará com a cara do André Valli...). Nicette não sei como fica de senhora, mas a Ducilene de Moraes (que acabaram por adotar o apelido de "Dhu Moraes" a atriz e cantora de "As Frenéticas") já tem uma experiência neste ramo... Interpretou bem a Mamãe Dolores na versão que o SBT fez de "O Direito de Nascer" em 1997 (e que foi exibida neste ano até a sexta-feira retrasada), até mesmo quando ela se tornou uma idosa. Mais curioso é que a atriz deve ter seu trabalho apreciado por Roberto Talma, já que o diretor de "O Direito de Nascer" e do novo "Sítio" é o próprio. E pensemos bem: não é que Mamãe Dolores e Tia Nastácia sempre tiveram uma cara e um jeito parecido? Desde a primeira versão de cada uma das tramas na Tupi (1964)...E outra coisa: apesar do Sítio ter caráter moderno, será que poderíamos colocar forno de microondas e Internet na obra lobatiana?

Agora quanto aos elogios, a escolha de crianças bem pequenas foi um ponto bem positivo para trama, preservando mais ainda o livro de Lobato. A pequena Emília (Isabelle Drummond) é menor do que a Narizinho e Pedrinho. O Visconde idem, com tamanho aproximado de um sabugo de milho, recurso que a emissora pretende fazer através de computação gráfica e efeitos especiais. O Saci está mais menino e bem mais próximo do garoto do folclore brasileiro...Mas falta uma coisa que nenhuma das versões teve coragem ou recursos para fazer e que a atual poderá ter se quiser: a mão do Saci no folclore é oca em seu centro e ele brinca com uma chama que passa através de sua palma. Mas talvez não a coloquem, porque pode influenciar as crianças...Vai que alguma tente brincar com fogo como o Saci... Os animais são mais bem feitos e mais proporcionais a um animal de verdade, apesar que assumem posturas eretas e vestem roupas como humanos. A Cuca continua parecida com a da versão anterior.

Começo a concluir eta coluna com mais comentário (que pode servir de recado para qualquer futuro adaptador de Lobato) da escritora Nereide Schilaro Santa Rosa:

"Temo que esses programas televisivos venham a distorcer e simplificar a literatura lobatiana e o Sítio do Picapau Amarelo, ao invés de ensinar sobre Lobato, acabe só se tornando apenas um espaço para brincadeiras infantis sem uma reflexão maior e um conteúdo que leve a criança a pensar e a construir o seu pensamento, sua inteligência e logicidade. No entanto, torço para que dê certo. Talvez essa seja a mínima forma de se preservar Monteiro Lobato e seus personagens na memória deste país."

Agora é esperar para ver no que vai dar a nova versão do "Sítio do Picapau Amarelo". Boa sorte à Globo nesta nova etapa, que poderá influenciar mais uma geração, como a que influenciou tempos atrás. E acabamos aqui com a música da última versão global do "Sítio" e que também será a música da atual, composta por Gilberto Gil no início da década de 70:

Sítio do Picapau Amarelo

Marmelada de banana
Bananada de goiaba
Goiabada de marmelo
Sítio do Picapau Amarelo (bis)

Boneca de pano é gente
Sabugo de milho é gente
O sol nascente é tão belo
Sítio do Picapau Amarelo (bis)

Rios de prata, pirata
Vôo sideral na mata
Universo paralelo
Sítio do Picapau Amarelo (bis)

No país da fantasia
Num estado de euforia
Cidade polichinelo
Sítio do Picapau Amarelo (bis)

TV Leitor

- Dedico esta coluna principalmente a duas pessoas que me auxiliaram, a escritora e colega Nereide Schilaro Santa Rosa e ao amigo Ednilson Xavier, que colaborou na certificação de algumas datas e detalhes sobre a trama. E dedico a todos que fizeram parte de todas as tramas do Sítio, nos diversos meios. Essa coluna na verdade é uma homenagem à Monteiro Lobato, um autor que muito aprecio.

- Pessoal, até nossa próxima exibição! E termino esta coluna com uma famosa frase de Monteiro Lobato, que deveria ser estampada em todas as capas de cadernos, livros e até mesmo da constituição brasileira: "Um país se faz de homens e livros".

Imagens

Monteiro Lobato

- A mais conhecida foto de Monteiro Lobato. Sem autor. (Década de 40).

Símbolo do seriado

- Símbolo do seriado exibido na abertura das duas versões da Rede Globo. Colaboração de Ednilson Xavier. Site "TeleNovela".

Lúcia Lambertini

- Lúcia Lambertini, a primeira Emília do "Sítio do Picapau Amarelo" - versão da TV Tupi (1951-1964). Arquivo Multimeios / CCSP (1952).

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