Futebol Oi, gente, tudo bem? Antes
de tudo, Feliz 2002 para todos. Depois de um tempinho de folga, estamos de volta
para falar do nosso querido futebol. Querido,
mas ainda cheio de mazelas, mentiras, falsidades e desonestidades inomináveis.
Estamos iniciando um novo ano no futebol, com as funestas Ligas. Entre elas, a
novíssima Rio-São Paulo, comandada por Eduardo José Farah. Sim, ele mesmo, o
novíssimo Farah (que de novidade, apenas parou de tingir o cabelo).
Além
das mazelas, o futebol brasileiro, eternamente um dos melhores do mundo, vive
com o sótão cheio de fantasmas. Sempre
que estamos às vésperas de um jogo contra o Uruguai, temos que agüentar
aquele rame-rame da Copa de 50: por que jogaram Chico, Juvenal, Bigode...
Barbosa foi injustiçado ou falhou? Flávio Costa foi bairrista ou não? Ninguém
admite que a seleção subiu nos saltos e tremeu diante de 200 mil fanáticos,
que Obdulio Varela, Máspoli, Gigghia e Schiaffino eram craques. Por isso o
Brasil perdeu. Não houve macumba, conjunções astrais ou o que quer que seja
de esotérico ou macabro. Mesma
coisa a derrota de 98 para a França. Agora surge a versão que Ronaldinho usou
xilocaína numa infiltração, que isso causou as convulsões, que isso
desestruturou o grupo... Por
isso Leonardo deixou Zidane livre nos dois gols? Por isso Taffarel nunca foi
confiável? Por isso Aldair foi lento e inutilizado pela velocidade do tosco
ataque francês? Graças
às convulsões Zagallo foi mais uma vez incompetente e inoperante? Por causa
das convulsões, o técnico da França, Aimée Jacquet detectou que o Brasil era
péssimo nas bolas aéreas? Temos
que admitir, de uma vez por todas: o Brasil foi pior que a França, fez um
Mundial medíocre (ganhando sempre na “bacia das almas” e perdendo para uma
fraca Noruega) e sendo derrotado, com folga, na final. Ronaldinho
não traria a vitória ao Brasil, pois não é mágico. O Brasil perdeu e
pronto. Para uma derrota vexatória, ficar quieto é melhor e não devemos
perder tempo em achar motivos extra-campo para tal. Até uma bizarra e ridícula
história de suborno foi ventilada dias após a partida. Tem gente que até hoje
jura que houve suborno (talvez as mesmas pessoas que duvidam que o homem pisou
na Lua). E
aos que vierem a procurar novas xilocaínas, anadores e novalginas, é bom que
se segurem nas cadeiras. Comecem a arranjar desculpas para 2002. O que vem por aí não é França. É China, Costa Rica e Turquia. Haja xilocaína... Duas de primeira do SampaOnLine: 1. desde agosto de 2001, essa coluna garantia que Luxemburgo estaria no Palmeiras em 2002; 2.
duas semanas antes do fim do ano, garantimos que Marcelinho “Zorro”
Carioca abandonaria o Santos e voltaria correndo ao Corinthians, sendo recebido
de braços abertos por Roque “Quem?” Citadini. Até semana que vem. É bom voltar. Convide um amigo para ler esta matéria
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