Futebol
por Luiz Fernando Bindi
Janeiro 18, 2002
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Oi, gente, tudo bem? 

Antes de tudo, Feliz 2002 para todos. Depois de um tempinho de folga, estamos de volta para falar do nosso querido futebol. 

Querido, mas ainda cheio de mazelas, mentiras, falsidades e desonestidades inomináveis. Estamos iniciando um novo ano no futebol, com as funestas Ligas. Entre elas, a novíssima Rio-São Paulo, comandada por Eduardo José Farah. Sim, ele mesmo, o novíssimo Farah (que de novidade, apenas parou de tingir o cabelo).       

Além das mazelas, o futebol brasileiro, eternamente um dos melhores do mundo, vive com o sótão cheio de fantasmas. 

Sempre que estamos às vésperas de um jogo contra o Uruguai, temos que agüentar aquele rame-rame da Copa de 50: por que jogaram Chico, Juvenal, Bigode... Barbosa foi injustiçado ou falhou? Flávio Costa foi bairrista ou não? Ninguém admite que a seleção subiu nos saltos e tremeu diante de 200 mil fanáticos, que Obdulio Varela, Máspoli, Gigghia e Schiaffino eram craques. Por isso o Brasil perdeu. Não houve macumba, conjunções astrais ou o que quer que seja de esotérico ou macabro. 

Mesma coisa a derrota de 98 para a França. Agora surge a versão que Ronaldinho usou xilocaína numa infiltração, que isso causou as convulsões, que isso desestruturou o grupo... 

Por isso Leonardo deixou Zidane livre nos dois gols? Por isso Taffarel nunca foi confiável? Por isso Aldair foi lento e inutilizado pela velocidade do tosco ataque francês?

Graças às convulsões Zagallo foi mais uma vez incompetente e inoperante? Por causa das convulsões, o técnico da França, Aimée Jacquet detectou que o Brasil era péssimo nas bolas aéreas? 

Temos que admitir, de uma vez por todas: o Brasil foi pior que a França, fez um Mundial medíocre (ganhando sempre na “bacia das almas” e perdendo para uma fraca Noruega) e sendo derrotado, com folga, na final. 

Ronaldinho não traria a vitória ao Brasil, pois não é mágico. O Brasil perdeu e pronto. Para uma derrota vexatória, ficar quieto é melhor e não devemos perder tempo em achar motivos extra-campo para tal. Até uma bizarra e ridícula história de suborno foi ventilada dias após a partida. Tem gente que até hoje jura que houve suborno (talvez as mesmas pessoas que duvidam que o homem pisou na Lua). 

E aos que vierem a procurar novas xilocaínas, anadores e novalginas, é bom que se segurem nas cadeiras. 

Comecem a arranjar desculpas para 2002. O que vem por aí não é França. É China, Costa Rica e Turquia. Haja xilocaína... 

Duas de primeira do SampaOnLine: 

1.    desde agosto de 2001, essa coluna garantia que Luxemburgo estaria no Palmeiras em 2002; 

2.    duas semanas antes do fim do ano, garantimos que Marcelinho “Zorro” Carioca abandonaria o Santos e voltaria correndo ao Corinthians, sendo recebido de braços abertos por Roque “Quem?” Citadini.

Até semana que vem. É bom voltar.

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Publicado no Sampa Online ( http://www.sampaonline.com.br )