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por enquanto. Assim não dá!
Oi,
gente! Tudo bem?
Mais uma virada de
mesa, mais uma imoralidade foi estabelecida no futebol do Brasil.
O Campeonato
Brasileiro de 2001, uma semana depois de ter tido seu número de times
estabelecido em vinte e seis, sofreu um inchaço com a entrada de São Caetano e
Juventude.
Ora, como colocar a
culpa nos dois times? O número anterior havia sido decidido dentro do gabinete
de um Ministro dos Esportes que pouco entende do ofício de seu ministério.
Pela primeira decisão, certos critérios de inclusão foram suspeitíssimos:
por que estariam no Brasileirão times como Fluminense, Bahia, Botafogo do Rio e
de Ribeirão Preto, Paraná e América Mineiro, incluídos por motivos mais do
que estranhos em detrimento simplesmente do vice-campeão brasileiro, o São
Caetano.
Então, por manobras
políticas (onde até o ignorante futebolístico deputado federal paulista Jair
Meneghelli tirou sua casquinha), o Azulão e o time gaúcho pleitearam e
conseguiram suas, por vias tortas, justas vagas. E levando em conta os critérios
que incluíram os dois times, Remo e Malutrom (classificados entre os dezesseis
primeiros da Copa João Havelange) também têm direito às suas vagas.
Vinte e oito (ou
trinta) times são um exagero, um absurdo. Não há merecimento suficiente que
inclua tantos clubes na Primeira Divisão de um Campeonato Brasileiro.
Infelizmente, creio que tudo devesse ser começado do zero, para que tivéssemos
um critério realmente justo e honesto, onde os times merecedores teriam suas
vagas ganhas no campo.
Neste Brasileiro-2001,
correto seria se catorze times fossem rebaixados, com a ascensão de dois da
Segunda Divisão. Dessa forma, dezesseis clubes disputariam a Primeira Divisão
em 2002, em turno e returno, onde o time que fizesse mais pontos seria o campeão.
Os Campeonatos
Regionais, pela minha proposta, teriam no máximo dez participantes e também
poderiam ser disputados em ida e volta.
Com isso, 48 datas
seriam suficientes. Lembremos que temos por volta de 40 fins-de-semana disponíveis,
sem contar férias e pré-temporada. Ou seja, com mais 8 quartas-feiras por ano,
teríamos os dois campeonatos sendo disputados simultaneamente, todos os times
manteriam-se em atividade o ano todo e sobraria espaço para a Copa do Brasil e
para a importantíssima Libertadores da América.
Mas tenho plena consciência que essa proposta é muito honesta e pura de ideais para os nossos cartolas, que ainda levarão o futebol brasileiro para o fundo do lixo.
Pílulas de Idéias
# Vergonha,
mediocridade... O que se pode dizer do futebol do Brasil após a derrota para o
Equador? Além da derrota em si, que já seria nauseante o suficiente, o futebol
jogado pela Seleção foi ridículo e indolente. Certos jogadores não deveriam nunca
mais jogar pela Seleção. Roque Júnior, Silvinho e Rivaldo (o pior dos
piores) foram terríveis, especialmente Rivaldo, chegando a ser irritante sua
falta de vontade. O sempre perigoso Romário (que serve apenas para fazer gols,
tal sua imobilidade), foi uma nulidade, assim como Juninho Paulista. Apenas Lúcio
e Émerson se salvaram na tragédia de Quito. O Brasil perdeu para um time
mediano, onde apenas Aguinaga demonstrou a categoria habitual. Mas foi um time
esforçado, muitíssimo diferente da Seleção Brasileira. E o pior é que isso
que o Brasil apresentou não é muito diferente do que a nossa fraca atual geração
de jogadores pode fazer. Mas precisamos de uma vontade que supere as claras
deficiências técnicas.
# A Nova Lei do Passe entrou
em vigor na segunda-feira (dia 26 de março). O importante dessa Lei é que ela
dá liberdade ao jogador, assim como pressupõe o sistema natural dos contratos
de trabalho. Eu só espero que ela seja de fato aplicada e que ela iguale os
direitos trabalhistas dos jogadores, sejam eles bons ou maus. Será?
# No embarque da Seleção
para o Equador, no domingo (25), Romário chegou atrasado e todos esperaram por
ele, como se ele fosse o rei ou o técnico do time. Por melhor que o Baixinho
seja: não gosto de ver Leão curvando-se aos caprichos e à indolência do
craque. Se Joel Santana, técnico do Vasco, aceita esse tipo de ingerência, vá
lá. Mas o técnico da Seleção não pode aceitar isso. Romário que ficasse no
Brasil ou tivesse mais respeito pela camisa amarela.
# Em mais uma das mazelas do
nosso futebol, Eurico Miranda (aquele), conseguiu adiar três jogos do Vasco
pelo Campeonato Carioca, alegando que muitos jogadores cruzmaltinos foram
convocados pelas seleções brasileiras. Independente da suspeitíssima relação
entre Eurico e Caixa d’Água (presidente da Federação de Futebol do Rio de
Janeiro), devo reconhecer que Eurico luta pelo seu clube. No entanto, os meios
que ele usa para atingir seus objetivos são deploráveis.
# O Corinthians de fato
ressurgiu. Eu havia levantado a bola na vitória do Timão contra a Inter de
Limeira. Ricardinho e Marcelinho têm se acertado em campo, Luizão tem jogado
muito mais do que sabe e Ewerthon vem mostrando uma vocação ofensiva rara no
nosso futebol de hoje em dia.
#
Júlio Batista é o melhor jogador dessa ótima nova safra que o São Paulo
apresenta. Forte, alto, habilidoso, chuta bem e arma o jogo com muita qualidade.
#
O Palmeiras, assim como o Corinthians, parece que ressurge, se bem que com menos
consistência que o histórico rival. No entanto, Felipe tem uma habilidade fora
do comum e Fernando, com 35 anos, tem me surpreendido pela sua velocidade, que
eu desconhecia existir. Mas Alex precisa acordar, urgentemente.
# O Santos está em crise. Após ser massacrado pelo Corinthians por 5 a 0, perdeu da Ponte Preta e se aprofundou em seus problemas. Mas o maior problema do Santos é um só: a fila de títulos que já dura 17 anos. As torcidas de Corinthians, Palmeiras e Botafogo sabem do que estou falando.
#
Luís Felipe Scolari já ganhou seu primeiro título pelo Cruzeiro, ao
conquistar a Copa Sul-Minas, em incontestável vitória frente ao bravo Coritiba.
Bom para os cruzeirenses, ruim para o esporte. Felipão defende o futebol de
resultados, que jamais coincide com o futebol bem-jogado.
# Renê Simões (o intelectual que acha que é técnico de futebol), foi demitido da Portuguesa após a vexatória goleada sofrida ante a ex-lanterna Inter de Limeira. Para o seu lugar, adivinhem... Candinho! Certos técnicos não deviam sair de determinados clubes e isso se aplica à relação Candinho - Lusa.
# O inteligente meio-campista Leonardo tem ficado no banco do Milan, em detrimento do bisonho Gattuso. Ele declarou que no meio do ano, vem para o Flamengo. Não seria Leonardo uma excelente opção para a nossa mais do que carente meia-esquerda da Seleção Brasileira?
#
Parabéns ao Goiás, campeão da Copa Centro-Oeste. De fato, há mais de quinze
anos, o futebol do Centro-Oeste só sobrevive graças ao alviverde goiano, que
faz um sério trabalho de base, bastante profissional até para os padrões do
Sul-Sudeste.
# Assisti à derrota de Guga no Master Series de Miami, que é jogado em quadra rápida. O seu oponente, o sueco Thomas Johansson ganhou o jogo na base da força e do saque mais veloz. Para mim, isso não é tênis, é halterofilismo. Na minha opinião, a diferença entre tênis em saibro e tênis em piso rápido é a mesma que entre futebol de salão e futebol de campo: é outro esporte.
#
Desde muito tempo, a Fórmula 1 não me causa nenhuma emoção. Mas teremos
neste domingo, dia 1o., o GP Brasil. Consultando conhecedores do
esporte (especialmente Oswaldo Barbosa e Fernando Leite), recebo informações
que Rubens Barrichello tem chances, mas que a Ferrari prioriza Schumacher, que
de fato, é melhor.
Fala,
Internauta!
#
Agradeço às manifestações enviadas. Um abraço aos leitores Márcio dos
Santos, Robson Dwexter, Mariana Cotrim, Ricardo Pandolfi, Fabio Hideo, Roberto
Ramos, Edson Gabriel, Fábio Simionatto, Nélson Ribeiro, Cláudio Ferreira, João
Luiz da Silva, Walter Galindo, Oswaldo Barbosa, Ivan Ferreira Filho, Eliana Gonçalves
e Wellington Giglio. Assim caminharemos juntos.
#
Dedico essa coluna à Dona
Clarice Monteiro, vizinha do meu bairro. Ao completar 100 anos, ela mostra
uma lucidez e uma paz de espírito que deveria servir de exemplo a todos nós.
# Até semana que vem.
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