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Quem faz o Futebol: Didi
Os maiores craques que
já jogaram são: Maradona, Zico, Júnior, Mário Sérgio, Evair, Falcão, Sócrates...
Nunca vi Pelé, Ademir da Guia. E nunca vi Didi.
Habilidade, controle
de bola, raça, categoria fora do comum. Alto e esguio, recebeu o apelido de
“Príncipe Etíope”. Jogava um futebol moderno, atacava com eficiência e
defendia com vigor.
Didi nasceu Waldir
Pereira, em 8 de outubro de 1929, em Campos, no Rio de Janeiro. Quando tinha
quatorze anos, machucou-se numa pelada e chegou a andar quase um ano em cadeira
de rodas. Começou jogando no Americano, passou pelo Goytacaz, Lençoense e
Madureira, antes de chegar ao Fluminense, quando se firmou como craque. Em 1956,
numa atitude diferenciada para a época, descontente com o tratamento que os
dirigentes tricolores lhe davam e transferiu-se para o Botafogo do Rio. Jogou
apenas dois anos, mas onde foi um dos maiores craques da história do time
alvinegro, junto com Garrincha e Nilton Santos.
Em 1964, Didi
abandonou a carreira e tornou-se técnico. Chegou a treinar a Seleção do Peru
contra o Brasil durante a Copa do México, em 1970.
Inventou a “folha
seca”, um chute oblíquo e veloz que enganava goleiros e barreiras. Fez o
primeiro gol do Maracanã, em 1950, quando jogou pela Seleção do Rio de
Janeiro contra São Paulo. Em 1954, participou da Copa Mundo da Suíça, quando
o Brasil fez campanha pífia.
Foi em 1958 que se fez
a maior glória da carreira de Didi: numa Copa onde jogaram Pelé e Garrincha,
ele foi considerado o melhor jogador.
É dessa Copa a imagem
que guardo de Didi: no jogo final, a Suécia surpreendente saiu ganhando por 1 a
0. Didi foi no fundo do gol brasileiro, pegou a bola (que ele chamava de
menina), colocou-a sob os braços e chamou o time de volta. Resultado: Brasil 5
a 2, campeão do Mundo.
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Publicado no Sampa Online ( http://www.sampaonline.com.br ) em Maio 18, 2001