Fui duas vezes à peça. A primeira, na estreia, achei interessante mas ainda, imaginava, imatura (faltava um pouco de criatividade nas improvisações). Percebi na primeira visita que a peça não divulgava corretamente a faixa etária pois haviam crianças mas a linguagem é conteúdo era imprópria. Fui, então, mais de um mês depois, esperando uma melhor experiência nesse sentido, improvisações mais maduras e engraçadas, mas infelizmente não parece ter havido evolução. Infelizmente o espetáculo ainda contava com crianças mesmo havendo nudez, linguagem torpe e histórias de assassinatos e conotações sexuais. Minha sugestão, caso a equipe não saiba improvisar removendo esses elementos ao haver crianças, é que, então, deixe mais explícito o conteúdo adulto da peça pois a divulgação como um jogo atrai famílias que levam suas crianças erroneamente. Com exceções (Lazuli que improvisou muito bem e a atriz convidada que fez Dona Rosa, além de Jade e Jaspe), as improvisações continuaram imaturas. Cenas onde os personagens ficavam calados tentando criar algo não era incomum. Erros sobre a genealogia proposta pela própria peça aconteceram por diversas vezes. O ator que fez o papel de Citrino chegou a criar dificuldades difíceis de serem vencidas pelos demais atores por inserir elementos em sua improvisação que não ajudaram na peça (seu nervosismo é aparente). A detetive é competente em sua missão inicial de brincar com o público e explicar a peça, mas a primeira atuação foi melhor que a última. Demasiadamente preocupada com o horário do término, chegou a pular partes da peça e forçar desfechos que sabia serem os reais (sorteados) para que a peça encerrace dentro do tempo. Vale a visita, a ideia é boa. Pra mim, apenas, falta treino de improviso pra acertar na execução.
Thiago Marotta Couto