Porque há lotações circulando em bairros residenciais? O SPTrans explica.
Março 20, 2002

Carlito de O. Dias e Eduardo Lima, técnicos do SPTrans, explicaram, em reunião com a comunidade realizada na Catedral Anglicana de São Paulo, auspiciada pela Sociedade dos Amigos do Bairro Alto da Boa Vista, porque várias linhas de lotação foram autorizadas a circular em ruas internas de áreas estritamente residenciais da Zona Sul de São Paulo.

Carlito Dias afirmou que não é possível gerenciar o transporte coletivo tal como é hoje; o caos -resultado de anos de má administração- é irreversível. Fez-se necessária uma nova abordagem, e o Governo Marta Suplicy, após discutir o assunto com a sociedade, elaborou um projeto de Lei -aprovado por unanimidade pelo Legislativo - modificando radicalmente o transporte coletivo da cidade. A Lei, número 13.241, foi publicada no Diário Oficial no dia 13 de Dezembro de 2001.

No novo sistema, cuja licitação está sendo elaborada e sairá no fim desse mês ou na primeira quinzena do próximo, os ônibus passarão a circular em vias estruturais situadas nas principais ruas e avenidas da capital( por exemplo, as Avenidas João Dias, Vereador José Diniz e Santo Amaro, etc).  Nos bairros, vans e microônibus do sistema local vão atender os passageiros. Haverá ainda três tarifas: uma para o sistema estrutural, outra para o local e outra para até duas horas de viagem. A conexão entre ambos sistemas dar-se-á em estações apropriadas . Este sistema deverá estar implantado em no máximo cinco meses, e a partir daí não será mais permitida a circulação de lotações na região.

Mas, segundo Carlito Dias, até a implantação do novo sistema algo tinha de ser feito, já que o conflito entre os proprietários de ônibus e os perueiros tinha alcançado proporções alarmantes. Decidiu-se então alterar o trajeto de algumas linhas servidas por lotação, que passaram a utilizar ruas internas dos bairros.

Questionado pelo Sr. Roberto Manca di Villahermosa, presidente da SAJAPE (Sociedade dos Amigos dos Jardins Petrópolis e dos Estados) quanto à autorização concedida, já que a lei proíbe expressamente o trânsito de passagem nas áreas estritamente residências, Carlito Dias disse que a interpretação da lei depende de cada advogado, e convidou o Dr. Roberto a pleitear seus direitos na justiça caso acreditasse que o SPTRANS agiu incorretamente.

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