Sou uma cidadã brasileira, paulistana. Cidadã não por que pago os impostos, pois como eles são “impostos”, qualquer um paga ou paga por não fazê-lo.

Sou cidadã sim e como tal, venho por meio desta reclamar os meus direitos de cidadã que ultimamente não estão sendo respeitados e me sinto sem ter a quem recorrer.

Explico: Já há alguns anos, em frente à minha casa, permanecem confortavelmente acomodados durante noites e dias, alguns rapazes usuários de todos os tipos de drogas, uns conhecidos e moradores das imediações, outros estranhos e de aspecto sinistro, que em sistema delivery recebem a matéria prima que satisfaz seus vícios.

Vão e voltam diuturnamente sem que ninguém os incomode. Acendem papéis para o consumo de craque em latinhas de refrigerante, deixam o chão enegrecido com as cinzas, repleto de bitucas de cigarros e papelotes de pedras de craque.

Urinam nos muros próximos deixando no local cheiro característico de latrina pública mal lavada.

Deixam como lembranças de suas madrugadas muito loucas vômitos pela calçada, que eu, cidadão idosa, aposentada justamente depois de completado o tempo de trabalho e atualmente cuidando de pais idosos e enfermos, tenho que lavar ao raiar do dia.

Os garis que diariamente varrem a rua varrem as sarjetas. A limpeza da calçada é responsabilidade do morador – eu.

Agora pergunto: Quem se responsabiliza pela enorme quantidade de lixo, detritos, urina, escarros e vômitos que ficam sobre minha calçada, sendo que não fui eu que ali os depositou?

A quem devo recorrer, além da polícia, que segundo me informou nada pode fazer, pois eles não estão infringindo nenhuma lei, para ver meu problema resolvido?

Não quero que ninguém venha fazer o serviço que a mim compete, somente quero ver garantido o meu direito de cidadã de ir e vir sem o constrangimento de circular em meio a estranhos “ESTRANHOS” displicentemente instalados em meu portão, ao entrar e sair de casa a qualquer hora do dia e da noite.