Minha experiência de consumo na Feli Bike

Há coisa de um mês levei minha bicicleta (antiga prá caramba, mas fiel) para consertar a uma loja que tem na Av. Nossa Senhora de Sabará, a Feli Bike. Lá há dois vendedores: um senhor, magro, e um rapaz bem mais jovem que deve pesar o dobro do que alguém de sua estatura deveria pesar.
O vendedor de mais idade me disse que teria de trocar isso e aquilo, e que ia gastar R$ 75,00. Mas me ofereceu o que parecia um bom negócio: se eu deixasse minha bicicleta, e pagasse mais R$ 100,00, levava uma bicicleta recuperada. O negócio parecia muito bom: por R$ 25,00 saia de bicicleta quase-zero. Aceitei, já que segundo o vendedor a bicicleta era muito boa.
No primeiro dia que saí para andar, a corrente da bicicleta quebrou no segundo quarteirão. Levei para consertar.
Consertaram.
Não mais que uma semana depois, andando, quebrou o freio. Quase me mato. Levei para consertar; estava o outro vendedor, o gordinho.
- "Esse freio não presta", diagnosticou ao ver o problema.
- "Mas eu comprei aqui", disse: "que porcaria vocês me venderam?", questionei.
- "Bem, não é uma porcaria", respondeu, "mas é freio antigo".
- "Quer dizer que freio antigo não freia?", questionei novamente.
- "Quanto pagou nessa bicicleta?", perguntou, sem responder minha pergunta.
- "Cem Reais, fora minha Caloi", respondi.
- "Eu tenho aqui bicicletas de até oitocentos reais", respondeu.
Assumi que o que ele quis dizer era: "Por R$ 100,00, você quer o quê?". Nesse momento chegou o outro vendedor, que tinha me proposto a troca, e prontificou-se a consertar sem custo o problema.
Pouco depois o freio da bicicleta do meu filho quebrou. Levei lá, e trocaram uma peça qualquer. Paguei R$ 10,00 pelo conserto.
Na primeira utilização após o conserto, no Parque das Bicicletas, ao tentar brecar, o freio da bicicleta do meu filho quebrou novamente, e meu filho acabou batendo em outro garoto. Levei lá, novamente. Desta vez foram R$ 30,00, porque agora o serviço tinha sido bem feito (da vez anterior, foi mal feito?).

Só depois fui perceber que nenhum dos dois consertos foi bem realizado. A peça do freio dianteiro estava quebrada  (note na foto acima que, a diferença do freio traseiro, a peça não fecha, permitindo que o cabo se solte) e seja qual tenha sido o serviço realizado o freio ia quebrar novamente.

Alguns dias depois, andando na minha bicicleta, em uma subida bastante íngreme, o pedal quebrou. Minha perna foi parar no meio dos canos, e cai bastante feio (ainda bem que estava de capacete, e não quebrei nenhum osso). Até agora estou todo arrebentado, com cortes e hematomas na perna esquerda.

Levei para consertar em outra oficina. Pouco depois, o freio que não prestava não prestou mesmo, e na rua Moliére acabei batendo contra o carro de uma mulher que trafegava na minha frente, que brecou brusca e inesperadamente. Fui submetido a uma tomografia no São Luis do Morumbi, felizmente sem maiores consequências que uma ferida que vou carregar o resto da minha vida.

PS: Encontrei o gordinho novamente em março de 2006 na Bike Sul Sport Action, onde levei o câmbio para regular. Após uma semana estava o câmbio estava todo desregulado novamente. Voltei, supondo que teria alguma garantia. "Esse câmbio seu não presta", foi o diagnóstico do gordinho, querendo me empurrar a troca do sistema..

Nunca mais vou na tal de Feli Bike, mas se você quiser ir, eis os dados:
Feli Bike
Av. Nossa Senhora do Sabará, 146
Campo Grande
Tel: 5523-9082

Jorge Marmion

Nota: As opiniões acima são de única e total responsabilidade do autor.