Esmolas nos faróis financiam tráfico de drogas
Agosto 09, 2006

"Coitada dessa criança". Este é provavelmente o pensamento de muitos paulistanos ao serem abordos por um pequeno exército de crianças que pedem dinheiro aos motoristas nos faróis dos cruzamentos da cidade. Uns demonstram suas habilidades com malabares; outros oferecem balas ou mercadorias diversas, e os mais simplesmente praticam a mendicância.

Se você é daqueles que, sensibilizados, acredita estar ajudando essas crianças ao dar uns trocados, engana-se. Segundo o Conselho Tutelar de Pinheiros, região na qual esta prática atinge maiores proporções, muitas vezes as crianças "são exploradas por aliciadores ou ainda por seus próprios pais, tendo os seus direitos violados e ficando expostos à diversas situações de risco nas ruas".

Tirá-las da rua não é fácil, por um simples motivo: elas ganham, em média, R$ 100,00 por dia, segundo afirmou o Sr. Bernardo Koos Wallis, presidente do Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG) do Itaim Bibi na última reunião da entidade. "Parte do dinheiro financia uma taxa que o tráfico de drogas cobra das crianças; o resto vai para casa, onde os pais ficam sem fazer nada", afirmou.

Dê mais que esmola. Dê futuro.

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura Municipal de São Paulo, dentro do programa São Paulo Protege suas Crianças, lançou em outubro do ano passado a campanha “Dê mais que esmola. Dê futuro”. De acordo com a Prefeitura, "a ação de dar esmolas mantém a pessoa na rua e impede que ela participe de programas promovidos pelo governo".

Os mesmos recursos que financiam o tráfico de drogas e a vagabundagem pode ser direcionados a programas específicos que atendem essas crianças e adolescentes, e ainda os donativos podem ser abatidos do imposto de renda. Para colaborar, faça um depósito na conta abaixo:

FUMCAD - Fundo Municipal da Criança e do Adolescente
Banco do Brasil
Agência 1897-X  Conta Corrente: 5738-X

O desconto no Imposto de Renda é de 1% (um por cento) para pessoa jurídica e de 6% (seis por cento) para pessoa física.

Você pode também colaborar diretamente com as organizações sociais que trabalham de forma séria e comprometida para tirar as crianças da rua e oferecer-lhes proteção social. Para obter a relação de entidades na sua região, entre em contato diretamente com a Supervisão de Assistência Social da subprefeitura correspondente (a relação está no site da Prefeitura).

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